Ela deixou a chave embaixo da porta pra ele voltar
Enxugou as lágrimas deitou num poema tentando expressar
Um pouco da dor de vê-lo sair sem motivo
Direto pro mar
Ela que era tão doce e amarga, queria o mundo abraçar
Escrevia um livro de amores e sapos pra se aliviar
Mas no fundo as dores do mundo a fizeram parar
De acreditar
Ela deu a ele a coroa, mas no dia seguinte a tirou
Não por capricho, mas coisas de bicho
O medo de ser quem sonhou
Ela sonhava
Ele até pensou em dar meia volta, decidiu ir pro bar
Tomou um conhaque e uma vodka merda, pra se aliviar
Pois as coisas estranhas que ela disse pra ele o fizeram parar
De se machucar
Ela deu a ele a coroa, mas no dia seguinte a tirou
Não por capricho, mas coisas de bicho
O medo de ser quem sonhou
Ela sonhava com coisas que nunca encontrou
Ele de verdade
Pensando bem, me veio que ele beba dela
Que beba um pouco mais
Que o vinho eu sei que apaga, e ela aprendeu a borrar
Ela deu a ele a coroa, mas no dia seguinte a tirou
Não por capricho, mas coisas de bicho
O medo de ser quem sonhou
Ela sonhava com coisas que nunca encontrou
Ele de verdade, verdade demais pro amor